PF deflagra nova fase da Operação Sem Desconto e mira cúpula do Ministério da Previdência
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou nesta quinta-feira (18) que todas as pessoas envolvidas em esquemas de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) serão investigadas, independentemente de quem sejam. Em conversa com jornalistas no Palácio do Planalto, Lula assegurou que a Polícia Federal tem total autonomia para apurar os fatos e que ninguém será poupado, nem mesmo seus próprios filhos.
“Todas as pessoas que estiverem envolvidas, direta ou indiretamente, serão investigadas pela Polícia Federal. Se tiver filho meu metido nisso, ele será investigado”, afirmou o presidente, em tom enfático. Ele chegou a brincar que, se seu pai, já falecido, estivesse envolvido, não seria possível investigá-lo.
Sigilo derrubado e conexões com filho do presidente
A declaração surge em meio a desdobramentos da Operação Sem Desconto. O Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou o sigilo de uma decisão que autorizou a operação, revelando o envio de R$ 1,5 milhão por Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, para uma amiga de Lulinha, filho do presidente. Em dezembro, um pedido de convocação de Lulinha para a CPMI do INSS foi rejeitado.
Governo cobra seriedade e critica crimes contra aposentados
Lula reiterou que o governo tem cobrado seriedade dos ministros e dos integrantes da CPI para que todas as responsabilidades sejam esclarecidas. “É importante que haja seriedade para que a gente possa investigar todas as pessoas envolvidas. Ninguém ficará livre”, declarou. O presidente também criticou a natureza dos crimes investigados, que envolvem descontos e promessas falsas a aposentados, muitas vezes com renda de um salário mínimo, tornando-os alvos fáceis. “Expropriar o dinheiro do aposentado com promessas falsas é uma prática criminosa muito grave”, pontuou.
Afastamento de Secretário-Executivo da Previdência
A quinta fase da Operação Sem Desconto foi deflagrada nesta quinta-feira pela Polícia Federal, com o cumprimento de 16 mandados de prisão preventiva e 52 de busca e apreensão em diversos estados. A ação resultou no afastamento e prisão domiciliar de Adroaldo Portal, número dois do Ministério da Previdência Social e secretário-executivo da pasta. O ministro da Previdência, Wolney Queiroz, afirmou que não tinha conhecimento do envolvimento de Portal no esquema e que ele foi exonerado logo após a operação.
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