Decor Stories: 7 ambientes com design autoral e peças únicas que transformam salas, quartos e áreas de jantar

Neste ensaio, nada entra sem autoria: a curadoria reúne móveis, esculturas, tecidos e objetos que imprimem personalidade e voz a cada espaço

Em um rastreio pelos ambientes montados para este ensaio, fica claro que a proposta é celebrar o design autoral em todas as escalas. Vasos que parecem esculturas, estofados com história, luminárias que viram protagonistas e tecidos que definem cenários compõem sete ambientes onde cada peça carrega assinatura — e presença.

Sala de estar: esculturas, tapetes e diálogos entre materiais

A sala de estar reúne peças que dialogam entre sí por textura e escala. O vaso Orgânico, assinado por Francis Petrucci e mostrado pela Dpot Objeto, contrasta com a obra em bronze de Raquel Saliba, exibida na BS Galleria. Ao lado, a escultura “Alma Preta” (2012), de Véio (Cícero Alves dos Santos), integra a composição trazida pela Galeria Estação. Tapetes como o Shima Degradê Purple, da Botteh, e tecidos de linho da JRJ Tecidos completam a ambientação, junto a mobiliário autoral — a cadeira Dante, de Maximiliano Crovato, e um daybed vintage trazido pela Verniz.

Assinaturas históricas e contemporâneas na área de convivência

Outra cena destaca peças icônicas e históricas: a poltrona dos anos 1970 de Geraldo de Barros, trazida pela Hobjeto, encontra cadeiras modernas e esculturais, como a Kili, de Ronald Sasson, exibida na Herança Cultural. Obras contemporâneas de artistas como Manuel Graciano e Fernanda Santos (com o quadro “Sempre com Você”, 2025) pontuam o cenário, mostrando que a união entre clássico e novo é peça chave para criar atmosferas autorais.

Jantar e peças utilitárias com alma de ateliê

A sala de jantar do ensaio reforça a ideia de que mesas e cadeiras também podem ser objeto de arte. A mesa Calos, do Atelier Gustavo Bittencourt, recebe um vaso de cerâmica japonesa vintage e arranjos da Galeria Botânica. Ao redor, a poltrona Umi, de Rostislav Sorokoviy para a Woo Furniture, e o sofá Acordeon, de Everton Souza (Estúdio Dendê), mostram como mobiliário de diferentes estéticas compõe um conjunto coerente. Bancos com autoria — como o Ragisména, de Rodrigo Zampol, e o banco Veado, de Uruhu Mehinaku — introduzem referências artesanais e sociais ao ambiente.

Bar, objetos decorativos e texturas que contam histórias

No canto dedicado ao bar, o carrinho Malabares, de Jacqueline Terpins, abriga peças da Omama Design e vasos selecionados na BS Galleria. A presença de objetos cerâmicos, canopiques e tigelas cria uma sequência rica em materialidade. Tecidos de estampa e linho — assinados por Clarisse Romeiro para a Donatelli e por JRJ Tecidos — aparecem como pano de fundo e contribuam para a leitura cromática e tátil dos ambientes.

Ao longo das cenas, luminárias autorais, como a Vela (Luciana Martins e Gerson de Oliveira, Ovo) e a Cambu (Adriana Yazbek), pontuam a curadoria luminosa. Peças de destaque como o espelho Orgus N.27, de Humberto da Mata, ou o conjunto de esculturas Minerva e o vaso Rochoso I, de Jacqueline Terpins, reforçam a ideia de que o objeto bem escolhido transforma o espaço.

O ensaio também evidencia o trabalho de galerias e lojas que fortalecem a cadeia do design autoral — Galeria Botânica, Galeria Estação, Dpot Objeto, BS Galleria, Firma Casa, Verniz, Botteh, Donatelli e outras aparecem como parceiras essenciais para viabilizar composições onde autoria e personalidade falam mais alto.

Resultado: ambientes que não se contentam com o genérico. Cada canto é pensado para mostrar que o design autoral pode ser, ao mesmo tempo, funcional e narrativo — um convite a investir em peças com história, assinatura e caráter, capazes de transformar uma casa em um relato visual consistente.